terça-feira, 20 de março de 2012

Belezas Naturais

A cidade de Barra do Mendes além de reservar uma infinidade de atrações, de uma historia fascinante, também é palco de uma imensa beleza natural, cercada por serras, conhecida por sua lendas , misterios e misticismo encravada na Chapada Diamantina...abaixo algumas fotos desse lugar para o deleite das pessoas que adoram a natureza e belos lugares.
 



Subida ao cruzeiro,"semana santa"






Barra do Mendes, vista da pedra do Cruzeiro

Cruzeiro
Cruzeiro "semana santa"












  REFERÊNCIAS:
MENDONÇA, Edízio; Barra do Mendes, uma história de lutas - 2003

FOTOS: EDUARDO TEIXEIRA MENDONÇA
                   LIANDRO ANTIQUES 
 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Fatos Históricos


 
A morte de corisco na Fazenda Pacheco- Barra do Mendes:
Corisco era um sanguinário e famoso cabo de guerra do cangaceiro lampião.
No dia 02 de maio de 1940, corisco e Dadá, acompanhado de rio Branco e Florência, e a afilhada de corisco, Zefinha, com 10 anos de idade, viajaram com destino à Bom Jesus da Lapa, na Bahia.
O Tenente José Osório de Faria (Zé Rufino) soube que corisco, abandonara as armas e havia viajado, sabia quanto ouro e dinheiro, corisco levava consigo. Saiu então com 4 comandados em sua perseguição. Chegando a Miguel Calmon teve notícias da passagem de corisco, conseguindo mais companheiros e um caminhão para seguir viagem.
No dia 23 de maio, chegou à fazenda Pacheco- Barra do Mendes, dois casais e uma menina. Pediu pousada ao dono da fazenda- o velho José Pacheco. Os forasteiros, corisco e Dadá, rio Branco e Florência e a menina Zefinha, disseram que estavam de viagem para  Bom Jesus da Lapa e queriam hospedagem, foram instalados em uma casa de farinha.
No dia 25 de maio, era dia de feira em barro alto, quando José Antônio Pacheco, filho do proprietário da fazenda, viajou para aquela localidade para fazer compras, corisco pede-lhe para trazer algumas mercadorias, logo que o rapaz voltasse eles viajariam.
Nesse dia, o Tenente Zé Rufino chega à barro alto e começa a perguntar a uns e outros sobre o paradeiro do pessoal.






José Antônio já estava de saída, quando foi abordado pelo tenente Zé Rufino, que queria saber sobre os dois casais e a menina. Ele então o informa que os procurados estão em sua residência. Eles vão até o local, e armam-lhe uma tocaia.
Ao entardecer, houve uma confusão, onde Dadá levou um tiro, instantes depois, corisco também foi baleado. Os atingidos foram levados ao hospital pelo caminhão do tenente. Chegaram ao hospital, Dadá resistiu. Era madrugada, quando corisco morre. No dia 26, ocorre o sepultamento do cangaceiro no cemitério de Miguel Calmon, no momento, Dadá sofria a amputação da perna direita.
Após 5 dias do sepultamento, as autoridades levaram a cabeça e o braço direito do defunto para o museu "Nina Rodrigues" em salvador.
Em 1972, Dadá veio à Miguel Calmon em busca dos ossos do marido, conduzindo-os para salvador, onde estão sepultados no cemitério das quintas.
Em 7 de fevereiro de 1994, durante a madrugada, no hospital são Rafael, Dadá chega a falecer, vítima de câncer generalizado, aos seus 78 anos.













Os revoltosos, a passagem da coluna Prestes por Barra do Mendes: 

 O povo sertanejo vivia em pânico nesta época, pois a coluna prestes por onde passavam, deixavam suas marcas de grande crueldade. O 4º destacamento da coluna prestes, comandado pelo Major Djalma soares Dutra no dia 28 de março de 1926, ocupou Barra do Mendes, após ligeiro combate contra as tropas do coronel Horácio de matos.







Os revoltosos:
O povo sertanejo vivia em pânico nesta época, pois a coluna prestes por onde passavam, deixavam suas marcas de grande crueldade. O 4º destacamento da coluna prestes, comandado pelo Major Djalma soares Dutra no dia 28 de março de 1926, ocupou Barra do Mendes, após ligeiro combate contra as tropas do coronel Horácio de matos. Ao penetrar em Barra do Mendes, depois de desalojar a tropa que se encontrava defendendo a vila, o Major Dutra, encontrou na sua casa comercial, dona Mª Romana, que intercedeu a favor do povo local, comunicando ao Major que não foi à população da vila que tomara parte no combate, e que a peleja era comandada pelos jagunços de Horácio de matos, Dutra resolveu atendê-la tratando os moradores com delicadeza.

 
A morte de Lamarca:
Barra do Mendes foi palco de mais um assassinato de um ex-capitão, chamado Lamarca. Este comandou inúmeros assaltos à bancos, desde então, passou a ser perseguido pela policia federal.
No dia 17 de setembro de 1971, três equipes de repressão, se movimentaram perto do povoado de pintada, vasculhando o município de Ipupiara. Pois, havia suspeitas que Lamarca e Zequinha estivesse por perto. Os oficiais estavam perto de pintada, quando foram abordados pelos lavradores, que lhes avisaram que Lamarca e Zequinha estavam dormindo de baixo de uma baraúna, na estrada que liga pintada às fazendas dos moradores locais, eles aproximaram e desferiu-lhes vários tiros a queima-roupa. Lamarca deitado estava, teve morte instantânea, o seu comparsa tentou fugir, mas foi baleado mais adiante e morreu. No dia 19 de setembro, Carlos Lamarca foi sepultado no cemitério do campo santo, em salvador.

Carlos Lamarca


  REFERÊNCIAS:
MENDONÇA, Edízio; Barra do Mendes, uma história de lutas - 2003

FOTOS: EDUARDO TEIXEIRA MENDONÇA
                   LIANDRO ANTIQUES 




Barra do Mendes: Inicio



FUNDAÇÃO:
Os primeiros habitantes da área onde esta localizada a cidade de Barra do Mendes, foram os indios Tapuias ,  os indios construiam as suas aldeias a margem do rio vereda do jacaré, partindo do litoral ou do reconcavo, as entradas que vinham em direção do rio são francisco.
A primeira penetração nas terras do atual municipio ocorreu no sec XVI com a concessão da sesmarias ao conde da ponte.







  As terras de Barra do mendes pertenciam ao Conde da Ponte -João Saldanha da Gama Melo Torres Guedes Brito,e sua esposa dona Maria Constancia de Saldanha Oliveira de Sousa, eram proprietarios de uma vasta faixa de terra,copreendendo as proximidades de Jacobina até Bom Jesus da Lapa, conforme escritura pública registrada e lavrada no tabelionato mota, de Salvador,11 de dezembro de 1811,foram eles os primeiros donos das terras de Barra do Mendes.
 A sesmaria do conde da ponte era dividida em sítios geralmente de um légua,muitos deles  chegava a custar dez mil reis ao ano,em 1807, o conde da ponte e sua esposa fizeram dividiram um pedaço de terra, apos a morte do conde, foram repartidos os bens com seus herdeiros, a propriedade foi vendida ao senhor Antonio Teixeira Leite e Felipe Alves Ferreira.
 A historia da existencia de barra do mendes, começou no seculo xix, mais precisamente em 1818, quando o capitao felipe mendes de vasconcelos, um fidalgo portugues comprou a felipe alves ferreira a fazenda barra, a escritura de compra da fazenda foi registrada no cartorio da vila do urubu, depois cidade de rio branco hoje cidade de paratiinga, no dia 05 de março de 1818, segundo moradores da época, o capitão Felipe Mendes de Vasconcelos, era um homem muito rico, ja bastante idoso Felipe resolve voltar para portugal, mas antes ele se encontra com outro portugues no povoado de pintadas, Matias Sodre, natural da Provincia do Minho(Portugal)

 Depois de alguns anos, mais precisamente, em 16 de abril de 1848, Joaquim Sodré, filho de Matias Sodré, procedente da localidade de pintada, que na época pertencia ao município de macaúbas, depois passou a pertencer a Brotas de Macaúbas, e hoje pertence ao município de Ipupiara; chefiando um reduzido número de parentes, escravos e agregados deu início á povoação, dando origem às primeiras iniciativas daqueles que fixaram suas residências nesta região. Começando assim, o desbravamento e a fundação da fazenda que, desenvolveu e deu origem ao povoado de Barra, em seguida Barra do Mendes. Barra, devido ao encontro dos rios Milagres e Marrão, e Mendes em homenagem ao comprador da fazenda, Felipe Mendes de Vasconcelos.
 O fundador da cidade foi na verdade o Sr. Joaquim Sodré, pois o próprio construiu a primeira residência, foi ele quem a desbravou, a sua casa foi construída na esquina da Rua Maria da Gloria Coelho com a Praça Nestor Coelho e a Rua Eurico coelho. Depois, seu tio Francisco Sodré, construiu a segunda casa, na mesma área.
Depois da chegada de Joaquim Sodré, vários chefes de famílias foram chegando e constituindo-se os grandes desbravadores.









                       
 


PELEJAS:

Em 14 de maio de1896, um grupo de 80 jagunços liderado por Clementino de matos ataca Barra do Mendes, porém Militão Coelho, por cautela, recusa-se das ameaças de Clementino, e sai da cidade com seus amigos e parentes para olhos d'água dos batatas, os jagunços de Clementino encontrou barra do Mendes vazia, não tendo com quem guerrear incendiaram as casas de palha existentes na época, saquearam as casas comerciais, roubaram gado e demais animais.
Militão volta à Barra do Mendes, organizando um grupo de 220 homens com armas e farta munição comandado por Manoel Caetano e em represália mandou ocupar a chapada velha em 22 de junho do mesmo ano. (Chapada Velha: nome primitivo da chapada era arraial de são João batista de Chapada Velha, depois passou a denominar-se chapada velha. povoado atualmente pertencente ao município de Barra do Mendes, onde se colheram os primeiros diamantes do estado da bahia.)
Depois de 4 dias de lutas em chapada velha, os jagunços de Clementino de Matos conseguiram fugir, o coronel Clementino derrotado foge para cochó do malheiro.
Os jagunços de Militão tomaram conta da Chapada Velha e por vingança fizeram o mesmo que os jagunços de Clementino fizeram em Barra do Mendes.






Em 1917 Barra do Mendes e Ipupiara eram distritos de Brotas de Macaubas. E após exercer o cargo de Intendente (prefeito) de Brotas de 1914 a 1916, Militão Coelho solicitou ao governador a separação do município e a formação de outro com sede em Barra do Mendes e tendo Ipupiara e Morpará como distritos. O então governador, Antonio Muniz Aragão, atende seu pedido e, pela Lei Estadual nº 1.203 de 21/07/1917, o município é criado.
 Em 1919 houve conflitos violentos entre os coroneis Horacio de Matos e Militão Coelho,o conflito deixou um rastro de destruição e derramamento de sangue,com o caos instalado na cidade.



 
 Livres das intrigas e das constantes ameaças dos Brotenses, Barra do Mendes havia conseguido a sua tão sonhada emancipação política, porém nem tudo foram flores, os brotenses não viam com bons olhos o prestígio do cel. Militão Coelho junto ao governo e nem a emancipação política de Barra do Mendes, passaram a promover-lhe as mais ridículas perseguições, o ataque à barra do Mendes foi feito em 7 de janeiro de 1919 sob o comando de Horácio de matos e o vigário local, Padre Carrilho.
Em 8 de junho do mesmo ano, devido ao esgotamento dos gêneros alimentícios, os habitantes de Barra do Mendes imploraram ao cel. Militão Coelho, por intermédio de José Joaquim Sodré a pedir a paz,a princípio o Coronel não havia aceitado o acordo, mas ao ver a situação em que se encontrava a sociedade, em fim concordou.
 Por força da lei estadual nº 1034, de 14 de agosto de 1958, sancionada pelo governador Antônio Balbino de Carvalho Filho, foi restabelecido o município de Barra do Mendes, desmembrando-o do de brotas de macaúbas, sua instalação ocorreu no dia 10 de abril de 1959, quando foi empossado o seu primeiro prefeito Dr. Aurelino Alves Barreto e vice prefeito Edizio Mendonça.



 

REFERÊNCIAS:
MENDONÇA, Edízio; Barra do Mendes, uma história de lutas - 2003

FOTOS: EDUARDO TEIXEIRA MENDONÇA
                   LIANDRO ANTIQUES 


Rua Juracy Magalhaes Recontada

Apresento para vocês a Rua Juracy Magalhães na ótica de seus moradores, e saudosas lembranças de diversões de hoje  e de ontem da fascinante cidade de  Barra do Mendes...


A Rua Juracy Magalhães se chamava rua General Mariante...em homenagem a esse combatente que lutou contra a coluna Prestes em benificio da população,mais tarde com a visita do candidato a governador da Bahia Juracy Magalhães, a rua ganhou seu nome...












Rua Juracy inicio do calçamento

O sobrado do senhor Deraldo Forte foi demolido, e mais tarde deu lugar ao clube cultural barrense, onde eram realizados as festas de carnavais...





A Rua Juracy Magalhaes hoje, rua principal...


Rua Juracy Magalhaes atual







Final da rua Juracy Magalhaes







No Final da Rua Juracy encontra-se a Praça Nestor Coelho...local onde as pessoas se encontram para diversão e lazer...




PRAÇA NESTOR COELHO



Praça Nestor Coelho Ontem


Praça Nestor Coelho Hoje






 Barra do Mendes e Rua juracy Magalhaes sob a ótica dos seus moradores: o que foi descrito abaixo foi por meio  de entrevistas de dois moradores da cidade e que resdidiu na Rua juracy Magalhães.

ENTREVISTAS:
Entrevistado A: A rua Juracy era cheias de buracos não era calçada, tinha uns buracos enormes causados pela chuva tinha poucas casas, e em frente essas casas havia um pé de OITI ( É muito usada na arborização urbana por sua copa frondosa, que dá ótima sombra. As folhas são muito apreciadas pela fauna em geral. A sua madeira é de ótima qualidade para diversos usos, como postes, estacas, dormentes e construções civis. Seus frutos são comestíveis, com amêndoas ricas em óleo), que fazia sombra para os moradores e florescia de ano em ano.


Em frente a praça Nestor Coelho tinha um pé de gameleira:(A gameleira é uma árvore de grande porte muito comum, normalmente muito copada. Solta bastante látex quando ferida. Suas raízes se espalham, formando uma base característica da espécie. O nome Gameleira é derivado de sua madeira macia e fácil de trabalhar, utilizadas para fazer gamelas (uma espécie de bacia). É também conhecida como "mata pau", pois pode crescer junto a uma árvore já formada, como uma epífita) onde ficava uns bancos de madeira que servia para reunir os homens para jogar e bater papo.


Entrevistado B: Quando cheguei em Barra do Mendes tinha 12 anos de idade a rua era esburacada, quando chovia os buracos ficavam maiores, as casas eram grandes, feias e velhas( eu achava),lembro que a luz da cidade era de "motor" (gerador), que apagava às 10 horas em ponto, lembro que mocinha ia para praça e tinha q voltar antes que a luz apagasse e juntava-mos aos mais velhos que ficavam na porta "dibuiando feijão" e contando historias.

A diversão quando criança era brincar na rua de esconde-esconde, essa brincadeira era a preferida das minhas amigas e na rua tem  dois cemiterios particulares, e lembro que as meninas escondiam ali e eu chorava de medo pra não entrar la, elas escondiam e tinha uma que deitava no tumulo(risos),tambem gostava de brincar de panelada e ir pra roça dos outros pegar umbu.

UMBUS ( fruta típica da região)





O carnaval era muito bom, era no clube que ficava ali em frente a praça, gostava de brincar o carnaval porque todo mundo se fantasiava e usava uma roupa chamada mortalha, o clube  era pequeno mas era muito bom e as bandas que vinham eram boas.tambem quando era epoca de cheia onde açude transbordava e era bem na epoca do carnaval era uma festa, o lagedo ficava cheio de gente. 
O primeiro carnaval foi realizado em 1950 pelo bloco dos caretas, composto só de homens, que percorriam as ruas da cidade mascarados para que não fossem reconhecidos, apos esta data novas estruturas foram montadas, e Barra do mendes se transformou no palco do carnaval das marchinhas e do frevo,que depois deu espaço para o samba e o axé, onde hoje vários blocos são arrastados pelos trios que leva alegria aos foliões.







Carnaval Atual 
(Bloco Bobos da Corte)

Circuito do trio na av Juracy Magalhães

Bloco dos Manchas 
(Conhecido pela criatividade usada em seus abadás)





O Açude em 1992 , época de cheia...como dizem os moradores "sangrando". As mulheres dessa época na semana lavavam roupa.



Hoje em 2012 a imagem é de  saudades...



 Tinha  e tem as festas da Igreja Nossa senhora da conceição (a padroeira da cidade), que antigamente começava na madrugada e iam nas casas rezar, e pela tarde era realizada procissões era muito bonito, hoje tambem é bonito mas antes era muito mais, hoje só tem a procissão e o leilão, mas é bonito tambem, os padres não tinha moradia fixa aqui, eles os padres e freis vinham de seis em seis meses para realizar missas, casamentos e batizados.
Os casamentos eram muito bonitos, o noivo ia pegar a noiva na porta de casa com os sanfoneiros e os familiares e convidados.





Procissão em 1928






Festa da Nossa Senhora da Conceição




  REFERÊNCIAS:
MENDONÇA, Edízio; Barra do Mendes, uma história de lutas - 2003

FOTOS: EDUARDO TEIXEIRA MENDONÇA
                   LIANDRO ANTIQUES