A morte de corisco na Fazenda Pacheco- Barra do Mendes:
Corisco era um sanguinário
e famoso cabo de guerra do cangaceiro lampião.
No dia 02 de maio de 1940,
corisco e Dadá, acompanhado de rio Branco e Florência, e a afilhada de corisco,
Zefinha, com 10 anos de idade, viajaram com destino à Bom Jesus da Lapa, na Bahia.
O Tenente José Osório de Faria (Zé Rufino) soube que corisco, abandonara as armas e havia viajado, sabia
quanto ouro e dinheiro, corisco levava consigo. Saiu então com 4 comandados em
sua perseguição. Chegando a Miguel Calmon teve notícias da passagem de corisco,
conseguindo mais companheiros e um caminhão para seguir viagem.
No dia 23 de maio, chegou à
fazenda Pacheco- Barra do Mendes, dois casais e uma menina. Pediu pousada ao
dono da fazenda- o velho José Pacheco. Os forasteiros, corisco e Dadá, rio Branco e Florência e a menina Zefinha, disseram que estavam de viagem para Bom Jesus da Lapa e queriam hospedagem, foram
instalados em uma casa de farinha.
No dia 25 de maio, era dia
de feira em barro alto, quando José Antônio Pacheco, filho do proprietário da
fazenda, viajou para aquela localidade para fazer compras, corisco pede-lhe
para trazer algumas mercadorias, logo que o rapaz voltasse eles viajariam.
Nesse dia, o Tenente Zé Rufino
chega à barro alto e começa a perguntar a uns e outros sobre o paradeiro do pessoal.
José Antônio já estava de
saída, quando foi abordado pelo tenente Zé Rufino, que queria saber sobre os
dois casais e a menina. Ele então o informa que os procurados estão em sua
residência. Eles vão até o local, e armam-lhe uma tocaia.
Ao entardecer, houve uma
confusão, onde Dadá levou um tiro, instantes depois, corisco também foi
baleado. Os atingidos foram levados ao hospital pelo caminhão do tenente. Chegaram
ao hospital, Dadá resistiu. Era madrugada, quando corisco morre. No dia 26,
ocorre o sepultamento do cangaceiro no cemitério de Miguel Calmon, no momento,
Dadá sofria a amputação da perna direita.
Após 5 dias do
sepultamento, as autoridades levaram a cabeça e o braço direito do defunto para
o museu "Nina Rodrigues" em salvador.
Em 1972, Dadá veio à Miguel
Calmon em busca dos ossos do marido, conduzindo-os para salvador, onde estão
sepultados no cemitério das quintas.
Em 7 de fevereiro de 1994,
durante a madrugada, no hospital são Rafael, Dadá chega a falecer, vítima de câncer
generalizado, aos seus 78 anos.
Os revoltosos, a passagem da coluna Prestes por Barra do Mendes:
O povo sertanejo vivia em
pânico nesta época, pois a coluna prestes por onde passavam, deixavam suas
marcas de grande crueldade. O 4º destacamento da coluna prestes, comandado pelo
Major Djalma soares Dutra no dia 28 de março de 1926, ocupou Barra do Mendes,
após ligeiro combate contra as tropas do coronel Horácio de matos.
Os revoltosos:
O povo sertanejo vivia em
pânico nesta época, pois a coluna prestes por onde passavam, deixavam suas
marcas de grande crueldade. O 4º destacamento da coluna prestes, comandado pelo
Major Djalma soares Dutra no dia 28 de março de 1926, ocupou Barra do Mendes,
após ligeiro combate contra as tropas do coronel Horácio de matos. Ao penetrar
em Barra do Mendes, depois de desalojar a tropa que se encontrava defendendo a
vila, o Major Dutra, encontrou na sua casa comercial, dona Mª Romana, que
intercedeu a favor do povo local, comunicando ao Major que não foi à população
da vila que tomara parte no combate, e que a peleja era comandada pelos
jagunços de Horácio de matos, Dutra resolveu atendê-la tratando os moradores
com delicadeza.
A morte de Lamarca:
Barra do Mendes foi palco
de mais um assassinato de um ex-capitão, chamado Lamarca. Este comandou
inúmeros assaltos à bancos, desde então, passou a ser perseguido pela policia federal.
No dia 17 de setembro de
1971, três equipes de repressão, se movimentaram perto do povoado de pintada,
vasculhando o município de Ipupiara. Pois, havia suspeitas que Lamarca e Zequinha
estivesse por perto. Os oficiais estavam perto de pintada, quando foram
abordados pelos lavradores, que lhes avisaram que Lamarca e Zequinha estavam
dormindo de baixo de uma baraúna, na estrada que liga pintada às fazendas dos
moradores locais, eles aproximaram e desferiu-lhes vários tiros a queima-roupa.
Lamarca deitado estava, teve morte instantânea, o seu comparsa tentou fugir,
mas foi baleado mais adiante e morreu. No dia 19 de setembro, Carlos Lamarca
foi sepultado no cemitério do campo santo, em salvador.
Carlos Lamarca REFERÊNCIAS:
MENDONÇA, Edízio; Barra
do Mendes, uma história de lutas - 2003
FOTOS: EDUARDO TEIXEIRA MENDONÇA
LIANDRO ANTIQUES
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